Contos do Lápis Verde

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

de Álvaro Magalhães

 

Os contos do lápis verde assentam sobre o poder da linguagem, na função mágica e imaginária da palavra. Neles, o que mais importa não é o que se conta, mas o modo como se conta; são textos em que as palavras vão, livremente, conforme lhes dá jeito a elas. E, com elas, nunca se sabe o que pode acontecer. 

Álvaro Magalhães

 

Este espetáculo baseia-se numa montagem de pequenos contos de Álvaro Magalhães que têm em comum, além da brevidade, um fim completamente inesperado. O sentido previsível de cada conto é desviado, de modo a que o desfecho se torne imprevisível. Tudo o que acontece nestas histórias é o resultado de divertidas prestidigitações verbais, que desafiam a imaginação de quem ouve ou de quem lê. Os contos acabam, assim, por se deixar guiar por um princípio lúdico capaz de subverter os sentidos mais óbvios da linguagem. 

 

A razão deste desvio é explicada pelo Autor na ‘advertência’ à coletânea Contos do Lápis Verde, que é também o título do nosso espetáculo: “…foi um lápis verde que não sei como veio parar á minha mão. Para ele, o que eu digo não se escreve, só o que ele quer escrever. Estão a ver! “. 

Também nós achamos que foi o lápis verde que inventou as histórias que aqui se contam, tecendo a teia verbal e musical deste espetáculo com o fio inquebrantável da sua imaginação.

João Luiz

 

Está chover? Um calor de rachar? 

Foi-se embora? Está a chegar? 

Pode ser bom, pode ser mau.

Um engano, um encontro, 

um presente, uma desgraça, 

um acidente, uma conquista. 

Pode ser mau, pode ser bom.

Depende do ponto de vista, 

pois tudo, nesta vida, é relativo

(além de ser muito estranho

isto de estar vivo).

 

(Do poema Pode ser bom, pode ser mau de Álvaro Magalhães)

Contos do Lápis Verde ficha técnica


Encenação João Luiz >> Texto Álvaro Magalhães >> Espaço cénico João Luiz >>                              Figurino Susanne Rösler >> Ambiente sonoro Tilike Coelho >> Desenho gráfico e ilustração Pedro Pires Interpretação Anabela Nóbrega >> Construção e montagem Rui Azevedo

Público alvo – M/6 anos – todo o público
Duração – 50 minutos

Dois Pés sozinhos

para tantos países, tantos caminhos,

dois sábios, dois guerreiros, dois companheiros,

para saber, para vencer, para conviver com o mundo inteiro!

Manuel António Pina